Na região da actual Irlanda, há aproximadamente 2 mil anos (data estimada pelos historiadores), os celtas comemoravam o ano novo no dia 1 de novembro, data que também marcava o fim das estações quentes do ano. Eles acreditavam que na véspera, chamada de “Samhain”, o mundo dos vivos e dos mortos se mesclava, pela abertura das portas entre os dois mundos. A festa do “Samhain” incluía o sacrifício de animais e uma grande fogueira para homenagear os mortos, não tendo a intenção de ser assustadora, e sim uma celebração.
O Halloween como o conhecemos hoje vem da época em que os missionários cristãos tentaram mudar as práticas religiosas dos celtas. Para substituir a festa pagã do “Samhain” por uma comemoração cristã, a Igreja Católica determinou que o 1º de novembro seria o Dia de Todos os Santos (All Saint’s Day), também chamado de All-hallows. A véspera, portanto, era chamada de All-Hallows Evening, que por abreviação ficou Halloween.
A festa popularizou-se nos EUA com a chegada de um grande número de imigrantes irlandeses, no século XIX, e a ela foram agregadas diversas novidades. Uma delas é o uso de fantasias. Já que os celtas acreditavam que na noite de 31 de outubro os espíritos dos mortos vagavam junto a fadas, bruxas e demónios, estes acabaram sendo os temas mais comuns dos disfarces de Halloween.

A tradição do “doce ou travessura” também pode ser creditada aos celtas, que costumavam oferecer comida aos espíritos do Halloween para aplacá-los e para indicar-lhes o caminho das casas das suas famílias. Mas essa não é a única explicação: a ideia de fazer com que as crianças pedissem doces de porta em porta nasceu nos EUA, nos anos 30, com o objetivo de dar às crianças uma participação no Halloween mas evitar que elas ficassem nas ruas a fazer barulho e a armar confusão.
As abóboras ocas e recortadas, outro ícone do Halloween, são tipicamente norte-americanas. Uma lenda celta dizia que um espírito que não conseguia ir nem ao céu nem ao inferno usou uma lanterna para se guiar. Os irlandeses, ao imigrar para os Estados Unidos, "descobriram" as abóboras e perceberam que, ocas, também funcionavam bem como lanternas e continuaram assim a tradição.