e deixa-me entrar,
diria se pudesse, junto a esta cama onde a dor me contempla, sob este tecto frio que não inventa qualquer paisagem, qualquer lembrança de barcos ancorados no vazio da nossa alma,
diria que lá fora escuto a chuva que bate com as suas gotas de angústia nas pedras da estrada,
diria que se afastaram para sempre os dias antigos, ao longo do pânico e da noite, para outras paredes onde nenhum beijo traiçoeiro fundiu os nossos corpos num aperto de ternura.
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