Para os curiosos destas tradições, a palavra Páscoa advém do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de "passagem", comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egipto para a liberdade na Terra prometida). É também um momento de passagem, se considerarmos a sua posição no calendário.
Para entendermos os costumes tradicionais, é necessário ir à Idade Média e lembrar os antigos rituais pagãos (absorvidos pelas comemorações judaico-cristãs) que, nesta época do ano, homenageavam Ostera (em inglês Easter) - "a Deusa da Aurora", anglo-saxã, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento - que segura um ovo na mão e observa uma lebre, símbolos de fertilidade. A deusa, a primavera, as lebres e os ovos pintados com runas representando a luz solar eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a esta data, anunciando a chegada de uma nova vida. A lebre (e não o coelho) era o símbolo da Deusa e as suas sacerdotisas conseguiam prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada, questionando “Lebre de Eostre, que sorte trazem as tuas entranhas?”. Ora, a lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, à semelhança de outras celebrações pagãs, a Igreja Católica incorporou também esta celebração, para substituir os ritos pagãos da fertilidade.
A ressurreição de Cristo teria acontecido próximo do equinócio da primavera (quando dia e noite têm a mesma duração) e durante uma lua cheia. Por isso a data da Páscoa deveria ser calculada com base nesses dois fenómenos. Assim, a Páscoa cai sempre no 1° domingo após a Lua Cheia, que vier depois de 21 de Março, início da Primavera no hemisfério norte. Isso faz com que a Páscoa nunca venha a ocorrer antes do dia 22 de Março ou depois do dia 25 de Abril.
PÁSCOA FELIZ.
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