segunda-feira, maio 30, 2011

Morre lentamente quem...

...se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
... faz da televisão o seu guru.
... evita uma paixão ou prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
... não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
... não viaja, não lê, não ouve música, não encontra graça em si mesmo.
... destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
... passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
... abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Nunca é demais relembrar... para podermos constantemente abrir os olhos às pequenas coisas da vida que a tornam maravilhosa e bela [nos tornam maravilhosos e belos :)]

domingo, maio 29, 2011

3ª Resolução de Ano Novo

Autenticidade.
Ser verdadeira com a minha essência.
Congruência entre sentimento, pensamento e acção.
Ninguém diz que é fácil, mas é o caminho.
E o caminho faz-se caminhando...
Com movimentos lentos que são os da alma...

Autenticidade

Oitavo fim de semana do curso de biossintese.

O tema deste fim de semana foi a Autenticidade, esse auto-regulador que por vezes esquecemos de olhar, de contactar. Está sempre presente e é o que nos permite evoluir...
Cheguei ao curso um pouco como o tempo: incerto entre a chuva e o sol, a trovoada e o vendaval. É assim que estou, é assim que tenho estado nos últimos tempos.
Não sabia qual era o tema por isso foi com agrado que mais uma vez constatei que o universo é sábio e sabe o que é melhor para nós e em que momento deve surgir.
(Mas afinal o que é isto de ser autêntico?)
Ser autêntico é:
- Congruência: expressar fora o que sinto dentro, reconhecer os sentimentos e estar consciente deles.
- Valores íntimos: ajuste entre os valores verdadeiros (que me fazem sentido e que são mesmo meus) e os valores herdados (familiares, culturais)
- Auto-afirmação: o que gosto, o que sou, a minha realidade. "Faço diferente porque estou a meu favor e não contra ti", sem perder o foco, sem me desgastar.
- Abertura do coração (e das suas qualidades): sensação de estar bem com a vida e em tranquilidade; reforço do vínculo do coração e do receber/entregar; movimento.
- Consciência: saber qual a minha tendência, compreender se as minhas atitudes se relacionam com histórias passadas ou se as pessoas que estão na minha vida me tocam o passado.
(A consciência é só uma parte,
falta o acolhimento e o movimento)
- Expansão do relaxamento: sem ancorar as tensões noutros locais, possibilidade de incluir os sentimentos e o que está a acontecer.
(Começo a fluir e reencontro movimentos interrompidos...
Se por falta de autenticidade se escolhe mal as metas vitais, quando as metas se cumprem as consequências interiores podem ser desastrosas)
Às vezes a transformação significa estar de outra forma comigo,com os outros e com o que tenho...
Voltar ao simples :)
Estou triste, me dou conta que estou triste e permito-me estar triste. Depois darei possibilidade de cuidar da minha tristeza.
Chegamos depois à parte principal. Como é que recupero a autenticidade? E existem 4 fases:
1. Revolução - dou-me conta que algo vai mal no Reino da Dinamarca; é a possibilidade de recuperar o meu fluxo.
2. Involução - olho-me dentro para descobrir o quê e curo as feridas; implica recolhimento e é um processo de isolamento.
3. Narcisismo saudável - mostro ao mundo que estou diferente e alegro-me com o seu reconhecimento; preciso que o mundo testemunhe a minha conquista.
4. Verdadeira evolução - tenho consciência do que preciso e do que sou, constantemente; é um fluxo de energia tranquilo, sereno.
Transportar isso para a minha vida actualmente foi um processo doloroso que acabou por me dar tranquilidade e paz no final do fim de semana. Sinto que a nível profissional estou numa fase de narcisismo saudável, pois alcancei metas que antes me pareciam impossíveis e tenho esse reconhecimento de quem está à minha volta. E saber isso dá-me tranquilidade para as outras esferas da minha vida - o pessoal, o familiar - que estando eu numa fase de involução, de recolhimento comigo própria a curar as minhas feridas, sei que é possível passar para outra fase.
Estou a fazer as coisas a meu favor
- estou em auto-afirmação.
Não quero magoar ninguém no processo, mas se sou verdadeira comigo própria os outros vão acabar por aceitar a minha mudança de atitude e vamos acabar por construir uma nova dinâmica.
Somos sistemas em permanente transformação :)