Tenho medo que o amanhã deixe de fazer sentido, que os sonhos acabem porque não houve coragem para os enfrentar. Rebenta a felicidade e fica pó... de recordações e pequenas alegrias. Mas a dor! Essa é que receio. Adio a sua vinda enganando-me porque já a sinto, bem fundo, escavando dentro de mim, enterrando-se e criando o espaço que ocupará durante todo este tempo.
É como se visse o barco a afundar num mar calmo e tranquilo e não compreendo! pois não é assim que deve acontecer. Mas depois percebo que esse barco leva a minha esperança, uma esperança que não teve vida suficiente para o ser porque lhe fui travando o crescimento.
No fundo tenho medo de acordar desta ilusão que fui criando e alimentando dentro de mim. Se ao menos as cores ainda fossem as mesmas e a música se fizesse ouvir...
O que me consola é que apesar dos nossos corpos se afastarem, tua alma estará sempre comigo, porque fazes parte de mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário