Acho que estou a chegar ao limite. Sinto-o perto, tão perto que sou quase eu. Juntos. Inseparáveis. De tal forma que não distingo um do outro. Porquê parar neste mundo infinito de incerteza? Se ao menos houvesse uma justificação para tal acto de loucura. Desaparecer da face da terra. Sem passado. Só presente. Procurando um futuro. Acho que toda esta roda giratória começou a quebrar e já não há escapatória.
Para onde vou e de onde venho? Basta! Grito, mas a agonia é cada vez maior pois o cerco apertou-se e estou no seu centro.
Corre deste monte e procura o horizonte. Talvez um dia permaneças onde estás sem medo do amanhã. Sem medo de morrer e de dizer morri. Pois é isso que sinto. Estou a morrer aos poucos e ninguém compreende a minha agonia. Se ao menos interpretassem os sinais. Sou eu que fujo deles e tudo parece bem quando um sorriso se estampa na face.
Procurar uma outra identidade que me faça feliz e que me faça esquecer que um dia houve eu, houve um passado cheio de esperanças de nada.
A transformação começou e uma nova etapa inicia-se. É preciso coragem para quebrar os laços que me prendem a esse passado quase fatal.
Coragem, amanhã será um novo dia. E aí poderás experienciar o bater das asas em liberdade.
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