Aceitar é dar-me conta de que és quem és. Pode ser que não seja capaz de te entender, talvez tão pouco te compreenda. No entanto, se te aceito, poderei não te avaliar, não partilhar contigo, mas não pedirei que mudes, que te modifiques.
Aceitar-te poderia ser: «Não gosto da tua atitude, incomoda-me a tua forma de ser ou de pensar, não quero partilhar coisas com a pessoa que tu és, vai-te embora ou então vou eu. Mas não te peço que mudes, pelo menos não para mim, não para me conservares, não para permaneceres comigo. Continua a ser quem és e, se quiseres, procura quem te queira assim, tal como tu és. Porque te aceito, afasto-te de mim.»
Não quero que mudes. Não para mim. Quero aceitar-te como és, ainda que este seja o caminho que nos separe.
Prefiro que te afastes de mim por eu ser como sou a que permaneças comigo para me mudar.
De qualquer forma, se puder escolher, escolho que me aceites para ficar, escolho aceitar-te e ter-te perto, tão perto como agora que partilho contigo os meus delírios e que te sinto aqui ao meu lado.
1 comentário:
Ena, que bom passar por aqui e encontrar coisas novas.
Beijinhos
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