... pelo mundo dos blogs, encontrei este comentário a propósito da Humanidade:
"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: - "Senhoras e senhores, eu sou um canalha."
De facto era tão mais fácil se cada um admitisse o personagem vilão, idiota ou canalha que existe em si, em vez de o tentar esconder. É porque o mais certo é vir a ser descoberto. E quanto menos o espera.
Que sorte a minha poder escrever o que penso e sinto. Se não fosse isso, sufocava, de certeza.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
terça-feira, dezembro 06, 2005
Talk
Oh brother I can't get through
I've been trying hard to reach you, cause I don't know what to do
Oh brother I can't believe it's true
I'm so scared about the future and I wanna talk to you
You can take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung
Or do something that's never been done
Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle, you can't find your missing piece?
Tell me how do you feel?
Well I feel like they're talking in a language I don't speak
And they're talking it to me
So you don't know where you're going, and you wanna talk
And you feel like you're going where you've been before
You tell anyone who'll listen but you feel ignored
Nothing's really making any sense at all
Let's talk
Let's talk
I've been trying hard to reach you, cause I don't know what to do
Oh brother I can't believe it's true
I'm so scared about the future and I wanna talk to you
You can take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung
Or do something that's never been done
Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle, you can't find your missing piece?
Tell me how do you feel?
Well I feel like they're talking in a language I don't speak
And they're talking it to me
So you don't know where you're going, and you wanna talk
And you feel like you're going where you've been before
You tell anyone who'll listen but you feel ignored
Nothing's really making any sense at all
Let's talk
Let's talk
terça-feira, novembro 29, 2005
Sinfonia de Sonhos

Os planos
E os sonhos que ardem em nós
Diamantes no fundo
De um rio a rolar
Cometas pelo céu
Os sonhos são assim
Esssência luz das constelações
A plenitude e o fim.
Segue a nave-vida
Pelo azul
E os nossos desejos vão além.
Teu corpo, alegre
Colado ao meu
A vida dançando
À luz dessa manhã
Um novo mundo vem
Nós estaremos lá
Nas praias de um futuro bom
Grãos de areia a brilhar

segunda-feira, novembro 28, 2005

L'Auberge Espagnole.
Mais um bom filme. É surpreendente como nestes filmes há sempre ligação com a minha própria vivência. Será coincidência? Co-incidência. É como se várias forças me empurrassem. Acabo sempre por esboçar sorrisos e comover-me com momentos que me parecem tão familiares. Também senti essa confusão inicial, sentia-me perdida numa cidade desconhecida em que nomes como Julius-Leberstrasse, Poppelsdorferallee ou Steinweg não faziam qualquer sentido. Mas à medida que o tempo vai passando, esta passa a ser a nossa realidade.
É como daquela vez que cheguei ao aeroporto da Portela e um simples "Acesso interdito" não fazia qualquer sentido. Esquecemo-nos da língua materna e falamos um inglemão portespanhancês. Alguém me percebia? Não! Nem eu... E de repente, percebo que sou Catarina, Alexandra, Oksanna, Thomas, Carmo, Günther, Dennis, Susanne, Frauke, mas também Carla, Maria, Valentim, Sandra, Ana, Filipe e Nilza. E quem mais? Como dizia o Sócrates: "Não sou ateniense, nem grego. Sou apenas um cidadão do mundo".

terça-feira, novembro 15, 2005

No domingo fui ver o filme Elizabethtown. Uma comédia romântica não é o tipo de filme que eu vá ver ao cinema. Mas este filme chamou-me a atenção. Primeiro por causa da banda sonora e depois porque toda a história aponta para algo a que não podemos ficar indiferentes. O inesperado pode acontecer e o mais certo é acontecer no momento exacto em que menos esperamos. A forma como lidamos com o inesperado é que me fascina. Há quem se sinta completamente perdido nesses momentos e há quem os encare como fugas ou, quem sabe, sinais do destino para nos chamar a atenção para determinadas questões que achamos como certas e que afinal...
Encaixo-me no segundo tipo de pessoas. E é por isso que de vez em quando (e ultimamente cada vez mais) sou assaltada por algumas dúvidas e apetece-me fazer como o Drew e ir por essas estradas fora em busca de mim própria, dos meus desejos e receios. Mas também é verdade que o que me falta não é coragem, mas sim um mapa.
Fui educada na ilusão de que o melhor é ter tudo planeado, por isso, a ideia de ir numa aventura sem destino sempre me assustou. Obviamente. O ideal seria enganar a razão e, para isso, a melhor forma é traçar um percurso. Claro que na realidade não o seguiria à risca. Conheço-me. Adoro meter-me em atalhos e descobrir que estou completamente perdida. E adoro essa sensação que me obriga a procurar o caminho. A reencontrar-me (acho que é pela sensação de estar numa situação em que estou constantemente a enfrentar o desconhecido).
Nada mais me aborrece do que a rotina. Constantemente os mesmos gestos, caminhos e pessoas são boa razão para dar meia volta e não voltar. Deve ser por isso que estou constantemente a recriar momentos de fantasia, de ilusão. Não que precise disso, mas acaba por tornar tudo muito mais interessante. São as minhas fugas, ou melhor, é a verdadeira Catarina em fuga... Bom, mas isso fica para outro post.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Ever since I saw you
I want to hold you
Like you were the one
It sees right through me
A bullet it comes and takes me
And I love you I love you
I want you but I fear you
You feet rest on my shoes
I sing this song for you
Just to see you smile
Who are you?
For how long
How strong do I still have to be?
How come you mean so much to me?
And I love you I love you
I want you but I fear you
Who are you?

sábado, setembro 17, 2005
Aprender a voar
Crescer é olharmos por nós. Deixarmos de estar à espera de encontrar, em todas as pessoas a quem dizemos «bom dia!», quem olhe por nós. Afinal, crescemos sempre que, no lugar de quem olha por nós, surge quem olhe connosco. E, em vez de correr para nós, corra connosco. E não vivendo por nós nasça connosco... É isso que separa imaginar que se voa de aprender a voar.
sexta-feira, setembro 16, 2005
quinta-feira, setembro 15, 2005
quarta-feira, setembro 14, 2005
Parece-me que amar é reconhecer
Reconhecer, no sentido de quem se conhece duas vezes. Por fora. E por dentro.
Reconhecer como forma de nos reconhecermos, insaciavelmente, em alguém que faz parte de nós.
Reconhecer como uma estranheza que se esclarece, sempre que alguém precioso me reconhece, mesmo quando não sabemos quem somos.
E reconhecer de gratidão. Pelos gestos de reconhecimento que se trocam quando se ama.
Reconhecermo-nos em alguém... desabafa-nos. Isto é, alivia a angústia de estarmos abafados nas dúvidas com que se constrói a solidão.
E de cada vez que alguém se reconhece em nós... transforma-nos. Olha para além de nós; olha por nós. Sem que com isso sobreponha o seu olhar ao nosso.
Talvez amar seja, realmente, reconhecer. E será por isso que, quando olhamos para o nosso coração, nos doa sempre um bocadinho. Porque talvez sobrem as pessoas que olham para nós, e nos acham complicados... Com o tempo, parecem tornar-se quase nenhumas as pessoas que olham por nós... e nos reconhecem.
Reconhecer como forma de nos reconhecermos, insaciavelmente, em alguém que faz parte de nós.
Reconhecer como uma estranheza que se esclarece, sempre que alguém precioso me reconhece, mesmo quando não sabemos quem somos.
E reconhecer de gratidão. Pelos gestos de reconhecimento que se trocam quando se ama.
Reconhecermo-nos em alguém... desabafa-nos. Isto é, alivia a angústia de estarmos abafados nas dúvidas com que se constrói a solidão.
E de cada vez que alguém se reconhece em nós... transforma-nos. Olha para além de nós; olha por nós. Sem que com isso sobreponha o seu olhar ao nosso.
Talvez amar seja, realmente, reconhecer. E será por isso que, quando olhamos para o nosso coração, nos doa sempre um bocadinho. Porque talvez sobrem as pessoas que olham para nós, e nos acham complicados... Com o tempo, parecem tornar-se quase nenhumas as pessoas que olham por nós... e nos reconhecem.
segunda-feira, setembro 12, 2005
When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?
High up above or down below
When you too in love to let it go
If you never try you'll never know
Just what you're worth
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?
High up above or down below
When you too in love to let it go
If you never try you'll never know
Just what you're worth
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
sábado, setembro 10, 2005
sexta-feira, setembro 09, 2005
quarta-feira, agosto 31, 2005
Um rapaz e uma rapariga apaixonaram-se loucamente. E resolveram ficar noivos. Os noivos presenteiam-se sempre.
O rapaz era pobre - o seu único bem consistia num relógio que herdou do avô. A pensar nos belos cabelos da sua amada, resolveu vender o relógio para comprar um lindo travessão em prata.
A rapariga tão pouco tinha dinheiro para o presente de noivado. Então, foi até à loja do principal comerciante do lugar e vendeu os seus cabelos. Com o dinheiro, comprou uma corrente de ouro para o relógio do seu amado.
Quando se encontraram, no dia da festa do noivado, ela dá-lhe a corrente para um relógio que fora vendido e ele dá-lhe um travessão para uns cabelos que não existiam mais.
O rapaz era pobre - o seu único bem consistia num relógio que herdou do avô. A pensar nos belos cabelos da sua amada, resolveu vender o relógio para comprar um lindo travessão em prata.
A rapariga tão pouco tinha dinheiro para o presente de noivado. Então, foi até à loja do principal comerciante do lugar e vendeu os seus cabelos. Com o dinheiro, comprou uma corrente de ouro para o relógio do seu amado.
Quando se encontraram, no dia da festa do noivado, ela dá-lhe a corrente para um relógio que fora vendido e ele dá-lhe um travessão para uns cabelos que não existiam mais.
segunda-feira, agosto 29, 2005
Cansa-me ter de ouvir palavras que ferem sem qualquer motivo. Desviar-me de pedras que vêm constantemente na minha direcção, sem que eu possa perceber a razão. Gostava de ser sábia para poder distinguir aquilo que me é dirigido e o que não passa de capricho de quem vive apenas na ilusão de que pode pôr e dispôr da vida dos outros sem qualquer pedido de consentimento. Não quero ser mais joguete nas tuas mãos. Não quero. E tenho direito a não querer e a manifestar a minha vontade. É assim tão difícil aceitar isso?
quinta-feira, agosto 25, 2005
La tortura
Ay pagita mía
Guárdate la poesía
Guárdate la alegría pa'ti
dame, dame, damelo.
No pido que todos los días sean de sol
No pido que todos los viernes sean de fiesta
Tampoco te pido que vuelvas rogando perdón
Si lloras con dos ojos secos
Y hablando de ella
Ay amor me duele tanto
Me duele tanto
Que te fueras sin decir a donde
Ay amor,
fue una tortura
perderte
Yo se que no he sido un santo
Pero lo puedo arreglar amor
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que tuyo es mi corazón
Mejor te guardas todo eso
A otro perro con ese hueso
Y nos decimos adiós
No puedo pedir que el invierno perdone a un rosal
No puedo pedir a los olmos que entreguen peras
No puedo pedirle lo eterno a un simple mortal
Y andar arrojando a los cerdos miles de perlas
Ay amor me duele tanto
Me duele tanto amor
Que no creas más en mis promesas
Ay amor
Es una tortura
Perderte!
Yo se que no he sido un santo
Y es que no estoy hecho de cartón
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que tuyo es mi corazón
Mejor te guardas todo eso
A otro perro con ese hueso
Y nos decimos adiós
No te bajes, no te bajes
Oye negrita mira, no te rajes
De lunes a viernes tienes mi amor
Déjame el sábado a mi que es mejor
Oye mi negra no me castigues más
Porque allá afuera sin ti no tengo paz
Yo solo soy un hombre arrepentido
Soy como el ave que vuelve a su nido
Yo se que no he sido un santo
Y es que no estoy hecho de cartón
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que tuyo es mi corazón
Ay ay ay,
Ay ay ay,
Ay, todo lo que he hecho por ti
Fue una tortura perderte
Me duele tanto que sea asi
Sigue llorando perdón
Yo... yo no voy
A llorar por ti...
A llorar por ti!
Guárdate la poesía
Guárdate la alegría pa'ti
dame, dame, damelo.
No pido que todos los días sean de sol
No pido que todos los viernes sean de fiesta
Tampoco te pido que vuelvas rogando perdón
Si lloras con dos ojos secos
Y hablando de ella
Ay amor me duele tanto
Me duele tanto
Que te fueras sin decir a donde
Ay amor,
fue una tortura
perderte
Yo se que no he sido un santo
Pero lo puedo arreglar amor
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que tuyo es mi corazón
Mejor te guardas todo eso
A otro perro con ese hueso
Y nos decimos adiós
No puedo pedir que el invierno perdone a un rosal
No puedo pedir a los olmos que entreguen peras
No puedo pedirle lo eterno a un simple mortal
Y andar arrojando a los cerdos miles de perlas
Ay amor me duele tanto
Me duele tanto amor
Que no creas más en mis promesas
Ay amor
Es una tortura
Perderte!
Yo se que no he sido un santo
Y es que no estoy hecho de cartón
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que tuyo es mi corazón
Mejor te guardas todo eso
A otro perro con ese hueso
Y nos decimos adiós
No te bajes, no te bajes
Oye negrita mira, no te rajes
De lunes a viernes tienes mi amor
Déjame el sábado a mi que es mejor
Oye mi negra no me castigues más
Porque allá afuera sin ti no tengo paz
Yo solo soy un hombre arrepentido
Soy como el ave que vuelve a su nido
Yo se que no he sido un santo
Y es que no estoy hecho de cartón
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que tuyo es mi corazón
Ay ay ay,
Ay ay ay,
Ay, todo lo que he hecho por ti
Fue una tortura perderte
Me duele tanto que sea asi
Sigue llorando perdón
Yo... yo no voy
A llorar por ti...
A llorar por ti!
quinta-feira, agosto 18, 2005
escrevo-te
pelo corpo sinto um arrepio, uma vertigem que me enche o coração de ausência, pavor e saudade
corri para o telefone
queria apenas ouvir a tua voz
contar-te o sonho que tive ontem e me aterrorizou
queria dizer-te porque parto
por que amo
ouvir-te perguntar quem fala?
e faltar-me a coragem para responder e desligar
depois caminhei com uma fera enfurecida pela casa
a noite tornou-se patética sem ti
não tinha sentido pensar em ti e não sair a correr para a rua
procurar-te imediatamente
correr a cidade duma ponta a outra
só para te dizer boa noite ou talvez tocar-te e morrer
sim
correr a cidade, procurar-te mesmo que me afastasses
mesmo que nem me olhasses
mesmo que me dissesses coisas que me...
mesmo que...
e ter a certeza de que serias tu depois a procurar-me.
corri para o telefone
queria apenas ouvir a tua voz
contar-te o sonho que tive ontem e me aterrorizou
queria dizer-te porque parto
por que amo
ouvir-te perguntar quem fala?
e faltar-me a coragem para responder e desligar
depois caminhei com uma fera enfurecida pela casa
a noite tornou-se patética sem ti
não tinha sentido pensar em ti e não sair a correr para a rua
procurar-te imediatamente
correr a cidade duma ponta a outra
só para te dizer boa noite ou talvez tocar-te e morrer
sim
correr a cidade, procurar-te mesmo que me afastasses
mesmo que nem me olhasses
mesmo que me dissesses coisas que me...
mesmo que...
e ter a certeza de que serias tu depois a procurar-me.
quarta-feira, agosto 17, 2005

Há três categorias de pessoas.
Uma, a que, quando tem frio, oferece toda a sua roupa de agasalho. Outra, a que, quando sente frio, veste a sua roupa de agasalho. E uma terceira que, quando sente frio, acende uma fogueira para se aquecer a si mesma e a todos os que queiram desfrutar do calor.
A primeira pessoa é suicida: irá morrer de frio. A segunda é miserável: irá morrer sozinha. A terceira é um ser humano normal, adulto e egoísta (acende a fogueira porque tem frio).
Se puder escolher, escolho acender milhares de fogueiras e, mais ainda, escolho ensinar milhares de seres humanos a acender fogueiras.

terça-feira, agosto 16, 2005
quinta-feira, agosto 11, 2005
Try
All I know
Is everything is not as it's sold
but the more I grow the less I know
And I have lived so many lives
Though I'm not old
And the more I see, the less I grow
The fewer the seeds the more I sow
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
I wish I hadn't seen all of the realness
And all the real people are really not real at all
The more I learn the more I cry
As I say goodbye to the way of life
I thought I had designed for me
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
Then I see you standing there
I'm all I'll ever be
But all I can do is try
Try
All of the moments that already passed
We'll try to go back and make them last
All of the things we want each other to be
We never will be
And that's wonderful, and that's life
And that's you,
This is me,
And we are, we are, we are
Free
In our love
We are free in our love
Is everything is not as it's sold
but the more I grow the less I know
And I have lived so many lives
Though I'm not old
And the more I see, the less I grow
The fewer the seeds the more I sow
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
I wish I hadn't seen all of the realness
And all the real people are really not real at all
The more I learn the more I cry
As I say goodbye to the way of life
I thought I had designed for me
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
Then I see you standing there
I'm all I'll ever be
But all I can do is try
Try
All of the moments that already passed
We'll try to go back and make them last
All of the things we want each other to be
We never will be
And that's wonderful, and that's life
And that's you,
This is me,
And we are, we are, we are
Free
In our love
We are free in our love
terça-feira, agosto 09, 2005
Balada do desajeitado

Sei de alguém por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar
Sabes lá o que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo para te falar
Eu não sei o que é que te hei-de eu dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Podes crer que à noite o sono é ligeiro
Fico à espera o dia inteiro
Para poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o à vontade
Acabo por me calar
Falta-me o jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
Que às vezes até me engasgo
Nada a fazer
E é por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei o que é que te hei-de eu dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então olha eu gosto muito de ti

terça-feira, julho 26, 2005
há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira-mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde,recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração.
mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas de que alguma vez me visite a felicidade
Al Berto
In O Medo
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira-mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde,recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração.
mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas de que alguma vez me visite a felicidade
Al Berto
In O Medo
segunda-feira, julho 25, 2005
quinta-feira, julho 21, 2005
quarta-feira, julho 20, 2005
Aceitar é dar-me conta de que és quem és. Pode ser que não seja capaz de te entender, talvez tão pouco te compreenda. No entanto, se te aceito, poderei não te avaliar, não partilhar contigo, mas não pedirei que mudes, que te modifiques.
Aceitar-te poderia ser: «Não gosto da tua atitude, incomoda-me a tua forma de ser ou de pensar, não quero partilhar coisas com a pessoa que tu és, vai-te embora ou então vou eu. Mas não te peço que mudes, pelo menos não para mim, não para me conservares, não para permaneceres comigo. Continua a ser quem és e, se quiseres, procura quem te queira assim, tal como tu és. Porque te aceito, afasto-te de mim.»
Não quero que mudes. Não para mim. Quero aceitar-te como és, ainda que este seja o caminho que nos separe.
Prefiro que te afastes de mim por eu ser como sou a que permaneças comigo para me mudar.
De qualquer forma, se puder escolher, escolho que me aceites para ficar, escolho aceitar-te e ter-te perto, tão perto como agora que partilho contigo os meus delírios e que te sinto aqui ao meu lado.
Aceitar-te poderia ser: «Não gosto da tua atitude, incomoda-me a tua forma de ser ou de pensar, não quero partilhar coisas com a pessoa que tu és, vai-te embora ou então vou eu. Mas não te peço que mudes, pelo menos não para mim, não para me conservares, não para permaneceres comigo. Continua a ser quem és e, se quiseres, procura quem te queira assim, tal como tu és. Porque te aceito, afasto-te de mim.»
Não quero que mudes. Não para mim. Quero aceitar-te como és, ainda que este seja o caminho que nos separe.
Prefiro que te afastes de mim por eu ser como sou a que permaneças comigo para me mudar.
De qualquer forma, se puder escolher, escolho que me aceites para ficar, escolho aceitar-te e ter-te perto, tão perto como agora que partilho contigo os meus delírios e que te sinto aqui ao meu lado.
terça-feira, julho 19, 2005
Dói-me a tua tristeza.
Dói-me o teu afastamento.
Mas o que mais me dói é o teu silêncio...
Sentir que te escondes de mim.
Que estás por trás dos teus «não sei».
Que te busco e já não estás.
Precisas de uma desculpa para te separares de mim?
Sem ti, cansa-me até jogar às escondidas, cansa-me saltar obstáculos, cansa-me brigar com o teu orgulho, cansa-me bater à porta que ambos queremos que se abra e tu manténs fechada.
Não creio na tua confusão mas sim nos teus freios.
Não creio no teu «tempo» mas sim no teu orgulho.
Não creio no teu ódio mas sim na tua frustração.
Não creio no teu comportamento mas sim no teu sentir.
Sinto-me como o cego «que agita o seu lenço chorando sem se dar conta de que o comboio faz já tempo que partiu...»
Vem! Abre! Fala! Luta!
Que eu estou aqui!
Dói-me o teu afastamento.
Mas o que mais me dói é o teu silêncio...
Sentir que te escondes de mim.
Que estás por trás dos teus «não sei».
Que te busco e já não estás.
Precisas de uma desculpa para te separares de mim?
Sem ti, cansa-me até jogar às escondidas, cansa-me saltar obstáculos, cansa-me brigar com o teu orgulho, cansa-me bater à porta que ambos queremos que se abra e tu manténs fechada.
Não creio na tua confusão mas sim nos teus freios.
Não creio no teu «tempo» mas sim no teu orgulho.
Não creio no teu ódio mas sim na tua frustração.
Não creio no teu comportamento mas sim no teu sentir.
Sinto-me como o cego «que agita o seu lenço chorando sem se dar conta de que o comboio faz já tempo que partiu...»
Vem! Abre! Fala! Luta!
Que eu estou aqui!
segunda-feira, julho 18, 2005

Era uma vez um aldeão gordo e feio
que se tinha apaixonado (porque não!)
por uma princesa formosa e loira.
Um dia, a princesa (vá-se lá saber porquê?!)
deu um beijo ao aldeão feio e gordo...
E magicamente, este transformou-se
num príncipe esbelto e bem parecido...
(Pelo menos, ela via-o assim.)
(Pelo menos, ele sentia-se assim.)

domingo, julho 17, 2005
Quando procuro,
quando tento,
quando me pressiono,
quando me obrigo,
quando me imponho...
Então dou-te mais, talvez muito mais, mas não te dou melhor.
O melhor de mim,
o mais belo de mim,
o mais construtivo de mim...
é o que quero dar-te,
o que me surge sem esforço.
O melhor que te posso dar de mim é o que te quero dar.
O melhor que me podes dar de ti é o que me queres dar.
Não quero o mais.
Quero o melhor.
quando tento,
quando me pressiono,
quando me obrigo,
quando me imponho...
Então dou-te mais, talvez muito mais, mas não te dou melhor.
O melhor de mim,
o mais belo de mim,
o mais construtivo de mim...
é o que quero dar-te,
o que me surge sem esforço.
O melhor que te posso dar de mim é o que te quero dar.
O melhor que me podes dar de ti é o que me queres dar.
Não quero o mais.
Quero o melhor.
Se eu pudesse escolher os meus sentimentos em relação às pessoas que me rodeiam, escolheria apaixonar-me com toda a intensidade de que sou capaz.
Escolheria que, na altura em que essa paixão diminuísse, debaixo dela crescesse o sentimento.
Escolheria que nem eu nem o outro nos assustássemos com o desaparecimento da paixão e que soubéssemos enfrentar-nos com a mudança da intensidade para a profundidade.
Escolheria que esse sentimento fosse amor e não somente desejo.
E, finalmente, escolheria que se desse a possibilidade de voltar a apaixonar-me, de vez em quando, pela pessoa que amo.
Escolheria que, na altura em que essa paixão diminuísse, debaixo dela crescesse o sentimento.
Escolheria que nem eu nem o outro nos assustássemos com o desaparecimento da paixão e que soubéssemos enfrentar-nos com a mudança da intensidade para a profundidade.
Escolheria que esse sentimento fosse amor e não somente desejo.
E, finalmente, escolheria que se desse a possibilidade de voltar a apaixonar-me, de vez em quando, pela pessoa que amo.
segunda-feira, julho 04, 2005

Solidão não é a falta de alguém para conversar, namorar, passear... isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que nos impomos às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Solidão não é o vazio que sentimos por não ter alguém ao nosso lado... isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma...

segunda-feira, junho 27, 2005

- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És muito linda...
- Sou uma raposa - respondeu a raposa.
- Anda brincar comigo - propôs o principezinho. - Estou tão triste...
- Não posso brincar contigo -respondeu a raposa. - Não tenho intimidade contigo.
- Ah!, desculpa - disse o principezinho.
Mas, depois de reflectir, continuou:
- Que significa «ter intimidade»?
- É uma coisa demasiado esquecida - explicou a raposa. - Significa «ter relações de proximidade».
- Ter relações de proximidade?
- Sim - confirmou a raposa. - Para mim, tu não passas de um rapazito semelhante a cem mil outros rapazitos. Não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Para ti, eu sou uma raposa semelhante a cem mil raposas. Mas se tiveres intimidade comigo, precisaremos um do outro. Tu serás, para mim, único no mundo. E eu serei, para ti, única no mundo...
Saint-Exupéry, in O Principezinho

sexta-feira, junho 03, 2005
Me deixe sim
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar.
Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar
Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar
Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir
Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir
A cama agora está tão fria
Ainda sinto o seu calor
Me esqueça sim
Mas nunca esqueça o meu amor
É só você que vem
No meu cantar meu bem
É só pensar que vem
Lá ra ra ra
Me cobre mil telefonemas
Depois me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração
Marisa Monte
Grão de Amor
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar.
Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar
Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar
Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir
Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir
A cama agora está tão fria
Ainda sinto o seu calor
Me esqueça sim
Mas nunca esqueça o meu amor
É só você que vem
No meu cantar meu bem
É só pensar que vem
Lá ra ra ra
Me cobre mil telefonemas
Depois me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração
Marisa Monte
Grão de Amor
terça-feira, maio 31, 2005

E o destino passa por mim
Como uma pluma caprichosa passa pelos olhos dum gato
Como o avião passa no céu do camponês
Como a cidade passa pelo convalescente que sai pela primeira vez
Nos olhos da mulher que não perdi nem ganhei...
Nos olhos que durante um segundo me compreenderam
E amaram
Na sua ternura quase insuportável
O destino passa...
No amigo que lentamente é puxado para o outro lado da razão
E um dia mergulha na sombra que trazia em si por resolver
O destino cumpre-se e passa
Na praia nocturna que as ondas visitam e deixam
Como as imagens que sem cessar me assaltam e abandonam
Na espuma que esmago contra a areia muito fria
Na mulher que me acompanha e comigo se perde na noite
Nos soluços de luz verde que um farol nos envia
O destino detém-se e passa
Na inesperada hora de felicidade vivida um pouco a medo
Como os amantes quando percorrem as ruas desertas dum jardim
Um pouco a medo
Como a breve noite de amor em que um homem se encontra e refugia
O destino demora-se e passa
Estou onde não devia estar
Mas basta
basta
basta...
Alexandre O'Neill

segunda-feira, maio 23, 2005
quarta-feira, maio 18, 2005
quinta-feira, abril 28, 2005

Momentos são iguais àqueles
Em que eu te amei,
Palavras são iguais àquelas
Que eu te dediquei.
Eu escrevi na fria areia
Um nome para amar,
O mar chegou, tudo apagou,
Palavras leva o mar.
Teu coração, praia distante
Em meu perdido olhar,
Teu coração, mais inconstante
Que a incerteza do mar.
Meu castelo de carinhos
Eu nem pude terminar,
Momentos meus, que foram teus
Agora é recordar.

terça-feira, abril 26, 2005
quinta-feira, abril 14, 2005
sexta-feira, abril 08, 2005
quarta-feira, abril 06, 2005
Subscrever:
Mensagens (Atom)